Participação recorde nas eleições legislativas na França: 66,71% dos eleitores votaram no primeiro turno, segundo Ministério do Interior

As eleições legislativas na França tiveram um grande índice de participação popular no primeiro turno, com cerca de 66,71% dos eleitores aptos a votar comparecendo às urnas. Esse número representa um dos maiores índices de comparecimento das últimas décadas, demonstrando o interesse da população no pleito. O segundo turno está marcado para o próximo domingo, dia 7, e será decisivo para a composição da Assembleia Nacional francesa.

No primeiro turno, os eleitores tiveram a oportunidade de escolher os 577 deputados que compõem o Parlamento francês. O presidente Emmanuel Macron decidiu antecipar a eleição legislativa, que estava prevista para 2027, devido aos resultados das eleições europeias, que foram considerados desastrosos para seu governo. Macron dissolveu a Assembleia Nacional e convocou as eleições antecipadas, visando evitar perdas decorrentes do avanço da extrema-direita representada pelo partido Reagrupamento Nacional (RN), de Marine Le Pen.

No primeiro turno das eleições antecipadas, o RN obteve 29,25% dos votos, seguido pela Nova Frente Popular, uma coalizão de partidos de esquerda, com 27,99% dos votos. O partido de Macron, Juntos Pela República, ficou na terceira posição com 20,04% dos votos. Com esses resultados, os três partidos conquistaram um número significativo de assentos da futura legislatura, mas ainda há 501 assentos em disputa para o segundo turno.

O sistema eleitoral francês é diferente do brasileiro, com eleições por circunscrições e a possibilidade de segundo turno para os candidatos que não alcançarem maioria absoluta. As projeções indicam que Macron não terá maioria na próxima legislatura e o RN poderá conquistar a liderança do governo se obtiver maioria absoluta. Isso representaria um cenário inédito na França, com a extrema-direita chefiando o governo.

A vitória do RN poderá ter impactos não só na França, mas também na União Europeia e no Brasil, com possíveis retrocessos em questões como integração regional, guerra na Ucrânia e acordos comerciais. Os eleitores voltarão às urnas no próximo domingo para definir o futuro político do país, em um cenário de polarização e incertezas.

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