No entanto, a resistência local tem crescido devido aos impactos ambientais que a usina poderia gerar, como a emissão de poluentes e o consumo de água em uma região já afetada pelo estresse hídrico. Além disso, há preocupações sobre o uso de combustíveis fósseis em meio a uma emergência global de mudanças climáticas.
Diante da controvérsia, audiências públicas foram marcadas para os dias 2 e 4 de julho, como parte do processo de licenciamento ambiental. A empresa Natural Energia se defende das críticas, afirmando que as projeções de emissões de poluentes e consumo de água são superdimensionadas, uma vez que a usina operaria em capacidade máxima apenas 30 dias por ano ao longo de sua vida útil.
O presidente da Natural Energia, Ricardo Martins, ressalta a importância de termelétricas para suprir a demanda energética em momentos de baixa geração solar e eólica. Ele ainda defende que a empresa tem planos futuros de migrar para combustíveis mais limpos, como o biometano, e de compensar suas emissões.
Apesar disso, opositores do projeto, como a vereadora Dandara Gisson, tentarão suspender o processo na Justiça, argumentando que a localização da usina e a falta de dispersão atmosférica no Vale do Paraíba podem trazer danos ambientais e à saúde da população. A questão da segurança energética nacional também é levantada, com a empresa defendendo que a usina próxima ao maior mercado consumidor do país ampliaria a garantia de abastecimento em um cenário de eletrificação da economia.