Greve geral de servidores federais do meio ambiente em 20 estados e no DF acentua disparidades salariais e reestruturação de carreira.

Servidores federais ligados ao meio ambiente de 20 estados e do Distrito Federal deram início a uma greve geral nesta segunda-feira (1º). O movimento foi organizado pela Associação Nacional dos Servidores da Carreira de Especialista em Meio Ambiente (Ascema Nacional) e contou com a adesão de servidores de quatro estados (Acre, Pará, Paraíba e Rio Grande do Norte) que já haviam suspendido suas atividades desde o dia 24 de junho.

Neste primeiro dia de greve, os servidores do estado do Ceará, que originalmente haviam manifestado posição contrária à paralisação, decidiram aderir ao movimento. Já Pernambuco não aderiu à greve e ainda não há informações sobre a situação em Sergipe.

A decisão dos servidores de entrar em greve foi motivada pelo encerramento das negociações salariais pelo Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos, que alegou não poder oferecer mais do que os reajustes de 19% a 30% propostos. Os servidores pleiteiam uma valorização salarial e a reestruturação de suas carreiras, buscando reduzir as discrepâncias de remuneração entre níveis médio e superior.

A Ascema Nacional ressaltou que os profissionais ambientais enfrentam falta de reconhecimento e valorização, comparando seus salários com outras carreiras do serviço público, como agentes da Polícia Federal e fiscais agropecuários. A equiparação com a Agência Nacional de Águas (ANA) também é uma demanda dos servidores.

A greve conta com a participação de servidores de importantes autarquias como o Ibama, ICMBio, Serviço Florestal Brasileiro e Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima. O Ministério da Gestão informou que aguarda uma resposta formal dos servidores à última proposta apresentada e garantiu estar aberto ao diálogo.

É importante ressaltar que o movimento grevista é uma forma legítima de manifestação dos servidores em busca de melhores condições de trabalho e valorização de suas atividades no setor ambiental. A categoria espera que o governo federal atenda às suas demandas para garantir um ambiente de trabalho mais digno e justo para todos os profissionais envolvidos.

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