Falecimento do Maestro Clovis Pereira Santos, Regente da Orquestra Armorial, Deixa Legado Musical e Familiar aos 92 Anos

O Movimento Armorial, criado por Ariano Suassuna nos anos 1970, foi responsável por unir artistas de diversas áreas com o objetivo de levar a influência do barroco nordestino para a arte erudita. Entre esses artistas, estava o músico Clóvis Pereira, regente da Orquestra Armorial, que deixou um legado de obras como frevos, caboclinhos e maracatus.

Clóvis Pereira Santos, nascido em Caruaru (PE) em 1932, teve uma educação musical desde cedo, herdando o dom da música de seu pai clarinetista. Aos 10 anos, começou a estudar gaita e posteriormente piano. Ao mudar-se para Recife aos 17 anos, ele aprofundou seus estudos musicais no Conservatório Pernambucano de Música e na Escola de Belas Artes da UFPE, além de ter sido aluno do maestro Guerra Peixe.

Com uma carreira consolidada como gaitista em rádios pernambucanas e diretor de orquestra, Clóvis também teve uma vida pessoal marcada pelo amor. Seu casamento de sete décadas com Risomar rendeu quatro filhos, sendo que apenas um seguiu seus passos na música profissionalmente.

Além de suas contribuições como músico, Clóvis Pereira também foi professor em universidades federais de estados nordestinos e regente do Coral Universitário da Paraíba, chegando até a se formar em harmonia moderna e orquestração nos Estados Unidos.

Aos 92 anos, o maestro faleceu em junho deste ano, deixando um legado musical que se estende por gerações em sua família. Seu amor pela música, sua dedicação à pesquisa e sua influência como educador fazem de Clóvis Pereira uma figura importante na história da música brasileira e nordestina.

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