O governo revisou suas expectativas para o resultado primário deste ano, prevendo um déficit de R$ 14,5 bilhões, o equivalente a 0,1% do PIB. A meta estabelecida para 2024 é de déficit zero, com uma margem de tolerância de 0,25 ponto percentual do PIB para mais ou para menos. No entanto, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva já adiantou que o governo dificilmente alcançará esse objetivo, uma vez que não pretende cortar investimentos e obras.
Lula demonstrou preocupação com os gastos tributários do país, enfatizando que não pretende realizar ajustes fiscais que impactem a população trabalhadora e de baixa renda, mas ressaltou a necessidade de medidas para equilibrar as contas e evitar um aumento do endividamento público.
Em relação às projeções para 2025, o mercado espera um déficit primário de 0,64% do PIB, acima da previsão de 0,60% feita quatro semanas atrás. No entanto, a meta de superávit primário no próximo ano foi alterada pelo governo para 0% do PIB no Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) de 2025.
A estimativa para o déficit nominal em 2025 também aumentou, passando de 6,48% para 6,50% do PIB, enquanto a projeção para a dívida líquida do setor público caiu de 66,50% para 66,40% do PIB. Esses números refletem as perspectivas do mercado em relação à situação fiscal do país nos próximos anos.
