Mercado de energia elétrica no Brasil enfrenta alta nos preços devido ao baixo volume de chuvas e perspectiva de La Niña.

No mercado de energia elétrica, a conjunção de diversos fatores tem contribuído para um cenário de escalada nos preços futuros, especialmente no segundo semestre deste ano. O baixo volume de chuvas, a possibilidade de formação do fenômeno La Niña e a estabilidade do mercado nos últimos anos são elementos que têm impactado diretamente nesse aumento.

De acordo com especialistas, a falta de chuvas tem sido um dos principais motivadores desse movimento. Em maio, a Enegia Natural Afluente (ENA), que mede o volume de água nos reservatórios das hidrelétricas, registrou a segunda pior marca da história. Além disso, as projeções para junho não indicam uma melhora significativa nesse cenário, o que tem impulsionado os preços para cima.

Outro ponto de atenção levantado por relatórios recentes é a pouca água retida no solo na região Sudeste, o que pode dificultar a recuperação dos reservatórios mesmo com a chegada das chuvas. Essa situação é agravada pelas expectativas em relação ao La Niña e às incertezas do mercado, que tornam os agentes mais propensos a assumir riscos.

Apesar disso, os líderes de mercado também apontam que a situação atual é mais confortável do que em anos anteriores e que a sobreoferta de energia poderia agir como um amortecedor para os preços. No entanto, a sensibilidade dos agentes a qualquer mudança no cenário e a volatilidade do mercado têm contribuído para essa tendência de alta.

A Thymos Energia atualizou suas projeções de preço e espera um aumento do Preço de Liquidação de Diferenças (PLD) nas próximas semanas, enquanto a consultoria PSR destaca que a volatilidade do mercado também tem influenciado nesse movimento ascendente. No entanto, é importante ressaltar que, apesar dos desafios atuais, a situação ainda é passível de mudanças e os próximos meses serão determinantes para o cenário energético do país.

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