Manifestação do Orgulho LGBT em Istambul é proibida e resulta na detenção de 15 manifestantes pela polícia turca.

No último domingo (30), a polícia turca deteve cerca de 15 manifestantes em Istambul que participavam de uma manifestação proibida do Orgulho LGBT. Segundo uma testemunha que falou à Reuters, a polícia chegou ao local após os participantes se dispersarem e realizou as detenções. As autoridades policiais não quiseram comentar o ocorrido, mantendo-se em silêncio sobre a ação.

O Gabinete do Governador de Istambul havia anunciado no início do domingo que a Parada do Orgulho não seria permitida, e as forças policiais turcas bloquearam o centro da cidade para evitar a realização da marcha. Medidas como o fechamento das estações de metrô e o bloqueio do tráfego nas ruas principais foram adotadas para impedir o avanço dos manifestantes.

O Partido AK, com raízes islâmicas e liderado pelo presidente Tayyip Erdogan, intensificou sua postura contrária à comunidade LGBT ao longo da última década e proibiu as paradas do orgulho desde 2015, alegando questões de segurança. O Gabinete do Governador de Istambul classificou as organizações que convocaram a Parada do Orgulho como ilegais, reforçando a proibição do evento.

Apesar da repressão policial e das proibições, grupos LGBT se reuniram em outra parte de Istambul, no lado asiático da cidade, com um representante lendo uma declaração desafiadora. O representante afirmou que os manifestantes não desistiriam e estavam dispostos a enfrentar as dificuldades impostas pela polícia para se fazerem ouvir.

Neste contexto de confronto e resistência, policiais revistaram as ruas em busca de manifestantes, resultando na detenção de pelo menos 15 pessoas, conforme relatado por uma testemunha à Reuters. A tensão entre as forças de segurança e os ativistas LGBT continua a marcar as manifestações pelo direito à diversidade e à igualdade na Turquia.

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