Estudo internacional sobre dermatite atópica é baseado em inteligência artificial e visa orientar pacientes de forma abrangente e social

Um grupo de 11 renomados professores ligados à International Society of Atopic Dermatitis (Isas), incluindo três médicas brasileiras, destacou-se recentemente ao elaborar um estudo baseado em inteligência artificial (IA) para abastecer o aplicativo ChatGPT com perguntas e respostas científicas sobre dermatite atópica, com foco na parte social. A dermatologista Ana Mósca, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia do Rio de Janeiro (SBDRJ) e integrante do grupo, destacou a importância do projeto em entrevista à imprensa.

Cada membro do grupo contribuiu com dez perguntas e respostas para o aplicativo, visando fornecer informações claras e acessíveis aos pacientes sobre a doença. O trabalho resultante foi publicado em inglês no Journal of the European Academy of Dermatology and Venereology, destacando o mérito e a relevância do grupo como professores e pesquisadores.

O conteúdo gerado pelo grupo de professores pode ser acessado por todos, não se restringindo apenas à comunidade médica e científica. A iniciativa visa proporcionar informações úteis à população em geral, oferecendo orientações sobre o manejo da doença em diversas situações.

A dermatologista Ana Mósca ressaltou a importância da iniciativa, afirmando que, ao contrário de resultados genéricos do Google, o ChatGPT oferece respostas embasadas produzidas por especialistas de todo o mundo. Além disso, o grupo está trabalhando na tradução do conteúdo para outros idiomas, como português, japonês, russo, espanhol e francês, visando ampliar o alcance da informação.

Além disso, o grupo internacional tem desenvolvido ações sociais para auxiliar pacientes carentes, com um foco especial no continente africano e em pacientes sem acesso adequado aos serviços de saúde. Ana Mósca enfatizou os desafios enfrentados por pacientes com dermatite atópica, ressaltando a gravidade da doença e a importância do diagnóstico precoce e do acesso a tratamentos adequados.

Por fim, destacou-se a abertura de consulta pública pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec) para a incorporação de novos medicamentos de alto custo para o tratamento da dermatite atópica, visando facilitar o acesso dos pacientes a opções terapêuticas eficazes. A participação popular na consulta pública será fundamental para a tomada de decisões que impactarão diretamente a qualidade de vida dos pacientes com a doença.

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