Com a dissolução da Assembleia Nacional em 9 de março, Macron arriscou apostar em uma coalizão em torno de seu partido, o Renascimento, na tentativa de conter o avanço dos partidos de extrema direita, liderados por Marine Le Pen. No entanto, a formação da Nova Frente Popular, composta por partidos de esquerda como o França Insubmissa e os Verdes, representou um desafio inesperado para a estratégia de Macron.
As últimas pesquisas de intenção de voto indicam que o partido de Le Pen, Reagrupamento Nacional (RN), lidera as preferências dos eleitores franceses. Com sete anos de governo Macron, os cidadãos expressam crescente insatisfação com a política atual, sinalizando uma possível mudança de rumo em direção a polos políticos mais extremos.
Se as tendências atuais se confirmarem, Macron enfrentará um cenário desafiador nos próximos anos, com um primeiro-ministro alinhado à direita radical ou à esquerda, o que poderá comprometer sua agenda política centrista. Analistas apontam que, independentemente do resultado das eleições, o presidente terá que lidar com uma Assembleia fragmentada e polarizada.
Os franceses terão a oportunidade de escolher entre a direita radical e a esquerda no segundo turno das eleições. Macron, por sua vez, enfrenta a possibilidade de perder boa parte dos assentos que seu partido ocupa na Assembleia, o que dificultaria a governabilidade e comprometeria a implementação de suas políticas.
A incerteza política que envolve as eleições legislativas na França reflete a crescente polarização e insatisfação dos cidadãos com a atual situação do país. A decisão dos eleitores terá não apenas repercussões locais, mas também impacto nas dinâmicas políticas e econômicas de toda a Europa.