Os dados foram obtidos a partir de entrevistas com 567 pessoas com mais de 16 anos, realizadas entre os dias 17 e 22 de junho. Segundo a pesquisa, 39% dos entrevistados acreditam que serão necessários mais de quatro anos para a reconstrução, tornando essa a resposta mais comum entre os participantes. Apenas 5% acreditam que a recuperação será concluída em menos de seis meses.
A pesquisa também revelou que a percepção sobre o tempo de reconstrução varia entre os moradores do interior do estado e da região metropolitana de Porto Alegre, mas os prazos se mantêm dentro da margem de erro. Apesar das dificuldades, os gaúchos demonstram otimismo em relação ao retorno à normalidade em suas rotinas após as enchentes. Para 74% dos entrevistados, é possível voltar às atividades cotidianas em no máximo um ano.
No entanto, a população mais afetada pelas enchentes, como os negros e os pobres, apresenta estimativas mais pessimistas em relação ao tempo de reconstrução. Aqueles que perderam patrimônio e renda tendem a acreditar que será necessário um período mais longo para recuperação. Enquanto a maioria dos brancos acredita que poderá retomar a rotina em até um mês, os pretos estimam que levará de seis meses a um ano para voltar à normalidade.
Diante desse cenário, os desafios para reconstruir o Rio Grande do Sul se mostram significativos, requerendo esforços coordenados e recursos adequados para a recuperação das áreas afetadas pelas enchentes. A população continua a enfrentar as consequências das chuvas intensas, esperando por um processo de reconstrução que permita a retomada da normalidade em suas vidas.
