Taxa de desocupação atinge menor patamar desde 2014, enquanto população ocupada alcança recorde, aponta pesquisa do IBGE.

A taxa de desocupação no trimestre encerrado em maio surpreendeu positivamente, atingindo o menor patamar desde 2014, de acordo com os dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (28). Com um índice de 7,1%, houve uma queda em relação ao trimestre anterior, que estava em 7,8%, e também em comparação com o mesmo período de 2023, quando a taxa era de 8,3%.

Esses números representam um marco na série histórica da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua iniciada em 2012, sendo o menor índice desde o período de três meses encerrado em janeiro de 2015, com uma taxa de 6,9%. O recorde de menor taxa é de 6,6% no final de 2014.

O levantamento ainda revelou que a população desocupada, ou seja, pessoas com 14 anos ou mais que estavam sem trabalho e buscavam emprego, totalizou 7,8 milhões em maio. Isso representa uma redução de 751 mil em comparação com o trimestre anterior e 1,2 milhão em relação ao mesmo período de 2023.

Por outro lado, a população ocupada atingiu um número recorde de 101,3 milhões de pessoas, com um aumento de 1,1 milhão em relação ao trimestre anterior e 2,9 milhões em comparação com 2023. Segundo a coordenadora de pesquisas domiciliares do IBGE, Adriana Beringuy, o crescimento contínuo da população ocupada foi impulsionado pela expansão do emprego, tanto formal quanto informal.

Os setores que mais se destacaram na criação de vagas foram administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde e serviços sociais, com um aumento de 4,4%. Já os segmentos de transporte, armazenagem e correio apresentaram uma redução de 2,5%. O rendimento médio dos trabalhadores no trimestre encerrado em maio ficou em R$ 3.181, o mais alto já registrado. A massa salarial atingiu o recorde de R$ 317,9 bilhões, movimentando a economia.

A taxa de informalidade foi de 38,6% da população ocupada, com 39,1 milhões de trabalhadores informais. E o número de trabalhadores com contribuição para a previdência social atingiu um recorde de 66,171 milhões, representando 65,3% dos trabalhadores.

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