Dirigente do BCE aponta fim da volatilidade econômica global, mas ressalta riscos persistentes

A economia global está passando por um período de maior estabilidade, com a queda rápida da inflação tanto na zona do euro quanto nos Estados Unidos. Essa é a análise feita pelo dirigente do Banco Central Europeu (BCE), François Villeroy de Galhau, que ressaltou, no entanto, que ainda existem riscos que podem gerar volatilidade no futuro.

“Os dados são suscetíveis a ruídos e existem riscos em reagir de forma precipitada a informações voláteis. Em meio a esse cenário inflacionário, nossa postura baseada em dados não significa agir rapidamente”, destacou Villeroy em um discurso preparado para um evento.

Entre os fatores de risco citados pelo dirigente, estão as condições menos favoráveis de oferta e a possibilidade de choques externos, como mudanças climáticas e tensões geopolíticas. Villeroy ressaltou a importância dos bancos centrais em monitorar de perto esses riscos e investir em modelos mais detalhados para analisar os impactos econômicos.

Além disso, como presidente do Banco Central da França, Villeroy reiterou o compromisso do BCE em alcançar a meta de inflação de 2% no médio prazo. Ele enfatizou que essa meta não será alterada, pois fornece flexibilidade para ajustes diante de choques e mantém as expectativas de inflação sob controle.

O otimismo em relação aos dados recentes de inflação na França também foi destacado por Villeroy durante um painel em uma conferência do BC francês. Ele afirmou que o processo de desinflação está em andamento e que há confiança nas projeções, apesar dos desafios existentes.

Essas considerações de Villeroy de Galhau refletem a análise do ambiente econômico atual e as perspectivas para o futuro, evidenciando a importância do monitoramento constante dos riscos e da manutenção de uma postura cautelosa perante eventos voláteis.

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