Desvio milionário de verbas da Fapesp na Unicamp causa investigação e apreensão na comunidade acadêmica.

A Comissão de Auditoria Interna do Instituto de Biologia da renomada Universidade de Campinas (Unicamp) revelou um desvio milionário de verbas da Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo) destinadas a docentes e pesquisadores. O montante desviado ultrapassa a marca dos R$ 3 milhões e foi identificado como resultado de irregularidades nos auxílios concedidos a 29 profissionais. Essa descoberta fraudulenta está gerando repercussões tanto no âmbito acadêmico quanto judicial.

A universidade comunicou à Promotoria de Justiça Cível de Campinas sobre as descobertas da Comissão de Auditoria Interna, ressaltando que as investigações ainda estão em curso. A sindicância em andamento tem como objetivo identificar todos os detalhes desse esquema fraudulento que lesou as instituições de pesquisa e os cofres públicos.

Um dos principais pontos de atenção nesse escândalo é a suspeita apontada para a ex-funcionária da Funcamp, Ligiane Marinho de Ávila, que foi demitida por justa causa em janeiro deste ano. As investigações indicam que ela desempenhou um papel central no desvio de verbas, emitindo notas fiscais fraudulentas em nome de sua empresa para desviar recursos da Fapesp destinados à pesquisa.

A morosidade das ações das instituições envolvidas tem sido criticada pelo Ministério Público, que alerta para a possibilidade de dilapidação dos valores desviados por Ligiane. Em resposta às cobranças, a Unicamp e a Fapesp estão colaborando com as autoridades para esclarecer os fatos e buscar a restituição dos recursos desviados.

A Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo informou que já solicitou aos pesquisadores a prestação de contas dos recursos recebidos e que está colaborando com as investigações em andamento. Com 75 projetos de pesquisa em andamento no Instituto de Biologia da Unicamp, a Fapesp reforçou seu compromisso em garantir a regularidade dos processos e evitar prejuízos às pesquisas em andamento.

O caso, que está sendo investigado pela Polícia Civil, levanta questões sobre a fiscalização e controle de verbas públicas destinadas à pesquisa acadêmica, destacando a importância da transparência e da ética na gestão dos recursos. A expectativa é de que as autoridades competentes esclareçam rapidamente o ocorrido e adotem medidas eficazes para evitar novas fraudes no ambiente acadêmico.

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