De acordo com as informações apresentadas, esse déficit de maio foi o pior desempenho registrado para o mês desde o ano de 2020, quando o rombo foi de R$ 131,4 bilhões. No mesmo período do ano passado, em maio de 2023, o déficit primário foi de R$ 50,172 bilhões.
O resultado primário representa a diferença entre as receitas e despesas do setor público antes do pagamento dos juros da dívida pública. A mediana das projeções indicava um déficit de R$ 59,0 bilhões para o mês de maio, demonstrando que o resultado ficou acima do esperado por alguns analistas.
Os componentes desse déficit foram um rombo de R$ 60,778 bilhões no governo central, um déficit de R$ 1,078 bilhão nos Estados e municípios, e um déficit de R$ 2,039 bilhões das empresas estatais. Vale ressaltar que isoladamente, os Estados apresentaram um superávit de R$ 559 milhões, enquanto os municípios registraram um déficit de R$ 1,637 bilhão.
No acumulado de janeiro a maio de 2024, o setor público consolidado acumula um déficit primário de R$ 2,575 bilhões, o que representa 0,06% do PIB. No mesmo período do ano anterior, o superávit era de R$ 28,529 bilhões. O governo central registra um déficit de R$ 30,451 bilhões, enquanto os governos regionais têm um superávit de R$ 32,123 bilhões. Por fim, os Estados apresentam um superávit de R$ 33,726 bilhões, enquanto os municípios têm um déficit de R$ 1,602 bilhão.
Esses dados apontam para a importância de medidas que visem o reequilíbrio das contas públicas e a busca por formas de aumentar a arrecadação e controlar os gastos, uma vez que o cenário de déficit apresentado pode impactar a economia do país.
