Identificada como Samira Monti Bacha Rodrigues, a suspeita também é investigada por lavagem de dinheiro. De acordo com a investigação, o dinheiro desviado era utilizado para adquirir artigos de luxo, como carros importados, bolsas de alto valor e joias. Além disso, os valores obtidos ilegalmente eram convertidos em passagens aéreas e criptomoedas.
Segundo o delegado Alex Machado, Samira teria iniciado as fraudes em 2020, pouco tempo depois de se tornar sócia de uma empresa de cartões de crédito de benefícios. O modus operandi da suspeita consistia em aumentar os limites dos cartões das empresas, realizar gastos e apagar as dívidas dos sistemas. O prejuízo, então, precisava ser arcado pelos pequenos empresários e estabelecimentos que aceitavam os cartões.
Além disso, a mulher teria caminhado para outras empresas do mesmo grupo, ampliando o esquema de fraudes e desvios de recursos. Durante o período das ilegalidades, Samira passou a ostentar uma vida de luxo, frequentando a “alta sociedade” de Belo Horizonte e realizando viagens internacionais para adquirir artigos luxuosos.
A operação resultou na recuperação de bens de grande valor, como relógios de luxo, bolsas caras e joias. Além da prisão da suspeita, outras 10 pessoas foram detidas, incluindo familiares e funcionários de Samira. A Polícia Civil cumpriu um total de 17 mandados de busca e apreensão.
O delegado Alex Machado ressaltou a sofisticação do esquema criminoso e afirmou que a suspeita planejava “roubar tudo e ir embora”. Após ser denunciada pelos sócios das empresas lesadas, Samira se comprometeu a devolver os valores, mas posteriormente negou os desvios e ocultou o restante do dinheiro ilicitamente obtido.
O caso continua em investigação e a defesa da suspeita aguarda acesso às informações do processo para se posicionar. A Polícia Civil segue apurando o caso para identificar todas as pessoas envolvidas e recuperar o máximo possível do dinheiro desviado.