Ministra Marina Silva afirma que 85% dos incêndios no Pantanal estão em terras privadas em reunião do Conselhão.

A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, fez declarações alarmantes sobre a situação dos incêndios no Pantanal durante uma reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável, o Conselhão. Segundo a ministra, 85% dos incêndios que assolam a região estão ocorrendo em terras privadas, não sendo causados por ignição natural.

Marina destacou que o município de Corumbá, em Mato Grosso do Sul, é responsável por metade dos incêndios na região e também é o que mais desmatou, chegando a 52% de seu território afetado. Ela ressaltou a relação direta entre desmatamento e ocorrência de incêndios, afirmando que os municípios que mais desmatam são os que mais sofrem com as chamas.

A ministra também enfatizou que a mudança do clima causada por ações humanas tem contribuído para agravar a situação no Pantanal. Em 2023, o Brasil foi atingido por eventos climáticos extremos, como ondas de calor, secas e enchentes, evidenciando a realidade da mudança climática.

A situação crítica no Pantanal levou a Agência Nacional de Águas (ANA) a declarar escassez de recursos hídricos na Bacia do Paraguai, indicando um cenário preocupante. A área queimada no bioma alcançou 627 mil hectares até junho de 2024, superando em 142,9% o registrado em 2020.

Em resposta aos incêndios, o governo de Mato Grosso do Sul mobilizou bombeiros militares, brigadistas e combatentes da Marinha, além de contar com o apoio de aeronaves e agentes da Força Nacional de Segurança Pública. O diretor de Operações integradas e de Inteligência do Ministério da Justiça e Segurança Pública, Rodney da Silva, destacou a importância da integração para gerenciar riscos e crises.

A chegada de uma frente fria na região proporcionou uma melhora temporária na situação, possibilitando que diversas equipes atuassem no combate às chamas e extinguissem focos de incêndio. No entanto, a gravidade da situação persiste, exigindo esforços contínuos para controlar a destruição no Pantanal.

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