Brasil mantém nota de crédito em BB pela agência Fitch, com perspectiva estável para os próximos meses.

A agência de classificação de risco Fitch anunciou nesta quinta-feira (27) a manutenção da nota de crédito do Brasil em BB, o que representa duas classificações abaixo do grau de investimento. A perspectiva estável indicada pela agência sugere que a avaliação do país não sofrerá alterações nos próximos meses.

A última vez em que a Fitch elevou a nota do Brasil foi em julho do ano passado, quando a classificação passou de BB- para BB. Desde então, a agência tem mantido a nota e a perspectiva do país, destacando pontos positivos como a diversificação da economia brasileira, alta renda per capita, finanças externas fortes e resiliência a choques, além da baixa parcela da dívida em moeda estrangeira.

No entanto, apesar da manutenção da nota, a Fitch fez advertências importantes. A agência ressaltou que a nota do país é limitada pelo fraco crescimento potencial da economia, pela rigidez no Orçamento do governo e pela dívida pública crescente e elevada. O texto divulgado pela agência também enfatizou a necessidade de continuidade das reformas em despesas obrigatórias para reduzir o déficit público, mesmo após a aprovação do novo arcabouço fiscal.

Para este ano, a Fitch projeta um déficit primário de 0,7% do Produto Interno Bruto (PIB) e alerta para as incertezas em relação à redução dos grandes déficits orçamentários, destacando a importância de medidas que garantam a estabilidade fiscal no longo prazo.

A avaliação da Fitch ressalta que as perspectivas fiscais a partir de 2025 são menos claras, com o crescimento de despesas obrigatórias que exigirá uma forte compressão das despesas não obrigatórias para cumprir os limites estabelecidos.

A classificação de risco da Fitch reflete o nível de confiabilidade e risco de crédito de um país ou empresa, influenciando a percepção de investidores e a política monetária. Outras agências como a S&P Global e a Moody’s também analisam a dívida pública brasileira, mantendo classificações semelhantes à da Fitch. A importância dessas avaliações reforça a necessidade de políticas econômicas sólidas e sustentáveis para manter a estabilidade financeira do Brasil.

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