O fórum contou com um painel intitulado “A justiça climática como ferramenta de desconstrução do racismo ambiental”, que reuniu autoridades e especialistas para debater soluções e estratégias voltadas para as comunidades mais vulneráveis. Além disso, durante o evento, foi realizada uma simulação de intervenção das brigadas, demonstrando a importância da preparação e rápida resposta a eventos climáticos.
A brigada Climáticos, cujo modelo pode ser replicado em todo o país, é formada por jovens e adultos voluntários das regiões mais propensas a queimadas e inundações. Esses voluntários recebem treinamento especializado em primeiros socorros e resgate, incluindo desde aferição de pressão em casos de calor extremo até salvamento de pessoas e animais. O primeiro grupo de voluntários, composto por jovens da zona norte de São Paulo, enfermeiras e profissionais especializados em resgate, já está em fase de treinamento.
Segundo o reitor da Universidade Zumbi dos Palmares, José Vicente, a população da cidade deve ser estimulada e preparada para ajudar em situações de emergência causadas por eventos climáticos extremos. Ele ressaltou a importância de os cidadãos estarem aptos a dar os primeiros socorros e agir de maneira eficaz diante de desastres naturais, auxiliando as autoridades governamentais. A ideia é mudar a mentalidade e atitude da população, começando por São Paulo e, posteriormente, expandindo para todo o Brasil, a fim de minimizar os impactos dos extremos climáticos nos territórios mais vulneráveis.
Portanto, a iniciativa da Universidade Zumbi dos Palmares e de seus parceiros representa um passo importante na conscientização e preparação da população para lidar com os desafios trazidos pelas mudanças climáticas e pelo racismo ambiental.
