Segundo informações do Ministério Público, a Polícia Civil foi acionada por membros da cooperativa sucedida pela UPBus, que alegaram terem sido expulsos da sede da empresa com o uso de violência física e intimidação verbal por Cunha, que atualmente está proibido judicialmente de frequentar o local. Em decorrência desse episódio violento, o MP solicitou a suspensão dos registros de posse e porte de arma de fogo do réu, devido ao risco que representava para a coletividade e para os atuais gestores da empresa.
Além das armas de fogo, a Polícia Civil também apreendeu o celular de Cunha e o dispositivo de armazenamento de imagens do sistema de monitoramento da empresa. Esta não é a primeira vez que armas ligadas ao presidente afastado da UPBus são apreendidas, visto que em 2022 o Denarc realizou uma operação semelhante.
A Operação Fim da Linha, realizada em abril deste ano, teve como alvo empresas de ônibus do transporte público de São Paulo, incluindo a UpBus e a Transwolff. As investigações apontaram possíveis ligações dessas empresas com a facção criminosa PCC, para suposta lavagem de dinheiro. A Transwolff, uma das maiores empresas do setor, surpreendeu ao ser envolvida na operação, enquanto a UpBus já era suspeita de envolvimento com o crime desde a operação realizada pelo Denarc em 2022.
Os mandados cumpridos durante a Operação Fim da Linha resultaram em prisões e buscas contra dirigentes das empresas, que são responsáveis pelo transporte de aproximadamente 700 mil passageiros diariamente e receberam cerca de R$ 800 milhões em subsídios da Prefeitura de São Paulo em 2023. A investigação continua em andamento para esclarecer todos os fatos e identificar possíveis envolvidos nos crimes apontados.