Nunes também declarou que, caso haja enfrentamento por parte dos usuários de drogas, eles “vão tomar na testa”, deixando claro que ações violentas não serão toleradas. A polêmica decisão judicial foi tomada pela juíza Gilsa Elena Rios, que acatou parte dos pedidos feitos pelo Ministério Público após uma operação policial realizada em 2017 na cracolândia.
A operação policial em questão resultou na prisão de mais de 30 pessoas e na dispersão de dependentes químicos que frequentavam a região há décadas. O então prefeito João Doria chegou a declarar o “fim da cracolândia”, mas usuários continuaram consumindo crack em áreas próximas. A decisão judicial agora determina que a GCM elabore um plano de atuação na cracolândia e disponibilize um canal de denúncias para eventuais abusos dos agentes.
Por outro lado, o prefeito Nunes criticou a interferência judicial na atuação da GCM, afirmando que não é adequado que magistrados definam procedimentos para uma situação tão complexa como a cracolândia. Ele também anunciou que as grades instaladas nas ruas da região serão mantidas, não com o objetivo de isolar as pessoas, mas sim de garantir a segurança para a entrada de ambulâncias em casos de emergência.
Diante desse cenário de conflito, a questão da segurança e dos direitos humanos na região da cracolândia continua sendo um desafio para as autoridades municipais e o poder judiciário, que precisam encontrar um equilíbrio entre a necessidade de intervenção policial e o respeito aos direitos dos cidadãos vulneráveis. A polêmica decisão judicial e a reação do prefeito evidenciam a complexidade e a sensibilidade desse tema.