Polícia Militar de Santa Catarina causa polêmica ao utilizar igrejas evangélicas para formar alunos do Programa Proerd.

A realização de formaturas do Programa Educacional de Resistência às Drogas e à Violência (Proerd) em igrejas evangélicas tem gerado controvérsias e críticas nas redes sociais. O programa, promovido pela Polícia Militar de Santa Catarina, atende alunos do quinto ano do ensino fundamental e tem como objetivo prevenir o uso de drogas e a violência entre os jovens.

Recentemente, algumas formaturas do Proerd foram realizadas em templos religiosos, o que chamou a atenção de usuários nas redes sociais. Em uma postagem no Instagram do 4º Batalhão da PM, foi divulgada uma cerimônia realizada em uma Igreja Universal, na cidade de Florianópolis, com centenas de crianças participantes. Isso levantou questionamentos sobre a separação entre Estado e religião, princípio básico da laicidade.

A Polícia Militar justificou que os espaços foram cedidos gratuitamente pelas igrejas e que a escolha foi feita visando a economia de recursos públicos. A presença do prefeito de Florianópolis, Topazio Neto, nas cerimônias também foi destacada nas redes sociais, gerando comentários diversos.

Críticos da iniciativa apontam para possíveis problemas de doutrinação religiosa e questionam a mistura entre política e religião, considerando-a inconstitucional. A discussão sobre a laicidade do Estado e a separação entre a igreja e o poder público têm sido temas recorrentes nas críticas feitas nas redes sociais.

Apesar das polêmicas, a formatura mais recente do Proerd aconteceu em outra igreja, a Mais de Cristo, uma vertente ligada à Assembleia de Deus. A polêmica em torno da realização de cerimônias do Proerd em igrejas evangélicas continua gerando debates e questionamentos sobre a adequação da prática.

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