A pesquisa também apontou que as crianças de 1 a 4 anos são as maiores vítimas, totalizando 6,4 mil internações nos anos de 2022 e 2023. Em seguida, aparecem as faixas etárias de cinco a nove anos (2.735 casos), de 15 a 19 anos (1.893), de dez a 14 anos (1.825) e os menores de um ano (1.051).
Paraná lidera o ranking de internações por queimaduras, com 1.730 registros, seguido por São Paulo (1.709), Bahia (1.572), Rio de Janeiro (1.126) e Minas Gerais (1.006). O levantamento também indica um aumento de hospitalizações nas regiões Norte, Nordeste, Sudeste e Sul, com exceção da Região Centro-Oeste, que registrou queda no número de internações.
Quando se trata de óbitos por queimaduras, o Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) do Ministério da Saúde aponta que cerca de 700 crianças e adolescentes foram vítimas desse tipo de acidente nos anos de 2022 e 2021.
A presidente do Departamento Científico de Prevenção e Enfrentamento às Causas Externas na Infância e Adolescência da SBP, Luci Pfeiffer, ressaltou a importância da prevenção no cuidado com as crianças, especialmente durante os festejos juninos, período em que os riscos de queimaduras aumentam. Ela destacou a necessidade de vigilância constante dos pais e responsáveis, principalmente em locais como a cozinha, onde a maioria das queimaduras em crianças pequenas costuma ocorrer.
Pfeiffer também alertou para os perigos dos fogos de artifício e das fogueiras durante as festas juninas, enfatizando que esses artefatos não são brinquedos e devem ser manuseados com extrema precaução. Medidas simples, como manter as crianças longe das fogueiras e evitar soltar balões, podem prevenir acidentes graves e queimaduras. A SBP disponibiliza orientações detalhadas para evitar acidentes com queimaduras em seu site oficial.