Durante a reunião do Conselho Monetário Nacional (CMN), Haddad enfatizou a falta de consistência nas projeções feitas pelo mercado, afirmando que o relatório fiscal do primeiro semestre, a ser divulgado em 22 de julho, trará números alinhados com as estimativas da Secretaria de Política Econômica. Ele também previu que, com o trabalho realizado atualmente, o Brasil poderá alcançar o melhor resultado fiscal dos últimos dez anos até 2024.
Além disso, o ministro ressaltou que a inflação está controlada e em queda, conforme revelado pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) divulgado recentemente. Ele destacou que, no ano passado, a inflação oficial ficou abaixo de 4,75% e que continuará abaixo de 4,5% neste ano.
Haddad fez questão de enfatizar o compromisso do Banco Central e do governo em alcançar as metas estabelecidas, fazendo menção ao cumprimento das metas durante o mandato do presidente Lula. Em relação ao déficit público, o ministro explicou que a maior parte do montante acumulado se deve ao reconhecimento de dívidas de gestões passadas e ao pagamento de calotes, como os precatórios.
Sobre a especulação em torno de uma suposta rivalidade com o presidente do Banco Central, Haddad esclareceu que a não presença de Roberto Campos Neto em uma reunião recente se deu por questões técnicas e não indica conflitos entre os órgãos. Ele destacou a importância da transparência no atual processo de ajuste fiscal e ressaltou que a meta contínua de inflação e o novo arcabouço fiscal abrem novas possibilidades para a economia do país.
Em relação ao adiamento do Plano Safra, Haddad explicou que o atraso se deu devido a ajustes em uma linha de crédito específica, sem impacto direto no Orçamento do governo. Ele enfatizou que o presidente Lula solicitou melhorias no plano, visando potencializar o setor agropecuário sem comprometer as finanças públicas.
Dessa forma, as declarações do ministro da Fazenda evidenciam a confiança na solidez das medidas econômicas adotadas pelo governo e no controle da inflação, sinalizando um cenário de estabilidade e crescimento para a economia brasileira nos próximos anos.