Ibovespa fecha em leve baixa após cinco altas seguidas, mas mantém-se acima das mínimas do ano. Mercado segue incerto.

O Ibovespa encerrou o pregão desta terça-feira (25/6) em leve baixa de 0,25%, chegando aos 122.331,39 pontos. Essa queda interrompeu uma sequência de cinco ganhos consecutivos, que vinham impulsionando o índice desde a última semana de maio. No entanto, mesmo com essa correção, o Ibovespa conseguiu se manter acima das mínimas do ano, recuperando-se das baixas de 17 de junho, quando atingiu o menor nível de fechamento desde novembro de 2018.

No acumulado do mês de junho, o índice apresenta um leve ganho de 0,19%, impulsionado pelo avanço de 0,78% registrado nas duas primeiras sessões desta última semana do mês. Já no ano, o Ibovespa ainda apresenta uma queda de 8,83%. O volume de negociações nesta terça-feira atingiu R$ 15,9 bilhões, demonstrando um mercado ainda instável e sujeito a oscilações.

Durante o pregão, o Ibovespa chegou a testar uma mínima abaixo dos 122 mil pontos, mas conseguiu se manter acima desse limiar, fechando acima dos 122 mil pontos pelo segundo dia consecutivo. Esse movimento de recuperação ocorreu mesmo com a alta do dólar, que voltou a ser cotado a mais de R$ 5,45, e a elevação da curva de juros doméstica.

Especialistas apontam que a pressão cambial e as incertezas em relação ao cenário fiscal e ao endividamento público estão contribuindo para a saída de recursos do país. A postura do Copom em manter a taxa Selic em 10,50% ao ano também impactou a Bolsa, influenciando os investidores a permanecerem na renda fixa em detrimento da variável.

Além disso, a ata da última reunião do Copom conservou um tom “hawkish”, indicando que não haverá cortes adicionais na taxa básica de juros no curto prazo. A incerteza em relação aos cortes de juros nos Estados Unidos também afeta o mercado brasileiro, levando investidores estrangeiros a retirarem recursos de países emergentes como o Brasil.

Apesar do cenário desafiador, há indícios de que a Bolsa brasileira pode começar a atrair parte desse fluxo de saída, especialmente com os descontos acumulados durante a queda do mercado. A divulgação do IPCA-15 referente a junho e o relatório trimestral de inflação, previstos para os próximos dias, também podem trazer mais clareza aos investidores em relação ao cenário macroeconômico do país.

No fechamento do pregão, as ações da JBS, Weg e Arezzo se destacaram positivamente, enquanto Pão de Açúcar, Vamos e Magazine Luiza apresentaram as maiores perdas. As ações de primeira linha, em geral, fecharam o dia em território negativo, com destaque para as baixas da Vale e Petrobras. Os grandes bancos tiveram um desempenho misto, com o Itaú PN e BB apresentando leve alta, enquanto o Bradesco PN fechou com queda de 0,80%.

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