As causas específicas da fissura labiopalatina não são totalmente conhecidas, no entanto, sabe-se que está relacionada a questões gestacionais maternas, tais como deficiência nutricional, metabolização inadequada do ácido fólico, obesidade, exposição a certas substâncias como álcool e cigarro, e histórico familiar da condição, entre outros fatores.
Embora a fissura labiopalatina não afete a capacidade mental ou intelectual, pode resultar em dificuldades na fala, respiração, alimentação, audição, problemas na arcada dentária e no desenvolvimento facial. Por isso, é fundamental que a correção seja feita o mais cedo possível, pois isso contribui para um melhor desenvolvimento do paciente.
O tratamento da fissura labiopalatina começa logo após o nascimento do bebê, com orientações à família para facilitar a respiração, amamentação e higiene adequada da região afetada. A cirurgia para correção do lábio geralmente é realizada nos primeiros meses de vida, enquanto a reparação do palato pode demandar um tempo maior, levando em conta o crescimento e desenvolvimento da criança.
Dependendo da gravidade do caso, é possível que sejam necessárias mais de uma intervenção cirúrgica, e é recomendado um acompanhamento contínuo até a fase adulta, levando em consideração o crescimento facial. Em muitos casos, um tratamento multidisciplinar envolvendo dentistas, fonoaudiólogos, pediatras, otorrinolaringologistas, cirurgiões plásticos e psicólogos é essencial para um resultado satisfatório.
Portanto, a abordagem precoce e integrada no tratamento da fissura labiopalatina é essencial para garantir a qualidade de vida e o bem-estar dos pacientes afetados por essa condição.
