Comissão de Assuntos Econômicos aprova proposta que autoriza estados a cobrarem 1,5% de concessionárias de portos para compensar municípios afetados.

A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado Federal aprovou, nesta terça-feira (25), o Projeto de Lei (PL) 2.631/2022, de autoria do senador Flávio Arns (PSB-PR), que autoriza os estados com direito à exploração de portos a cobrarem uma taxa de 1,5% da receita das concessionárias para compensar os municípios próximos afetados pela atividade portuária. O relatório favorável foi apresentado pelo senador Oriovisto Guimarães (Podemos-PR), que destacou a importância da medida para promover justiça social e crescimento econômico sustentável.

Segundo Oriovisto, o projeto é meramente autorizativo e não acarreta em despesas para os portos. Ele ressaltou que a cobrança só será aplicada em portos superavitários e após a aprovação de lei estadual que regulamente o uso e os critérios de distribuição dos recursos arrecadados. O relator também enfatizou que, caso um porto seja deficitário, a lei não se aplicará a ele.

O PL também traz alterações na Lei 9.277, de 1996, que atualmente prevê a destinação dos recursos recebidos pelas concessões portuárias apenas para as rodovias de acesso aos portos e para as localidades que abrigam as instalações portuárias. O objetivo da proposta é reduzir os impactos negativos causados pelos portos nas cidades de Paranaguá e Antonina, que afetam também outros municípios do litoral paranaense.

De acordo com Oriovisto, os impactos ambientais diretos, como a poluição do ar e das águas, causam danos ao ecossistema marinho da região, além de afetar economicamente setores como a pesca e o turismo local. A Comissão de Infraestrutura (CI) também aprovou a proposta, com alterações de redação para deixar claro que a cobrança da taxa não é obrigatória.

Caso o PL não receba recurso para votação em Plenário, seguirá para análise na Câmara dos Deputados. A expectativa é de que a medida seja uma importante ferramenta para compensar os municípios afetados pela atividade portuária e fortalecer o desenvolvimento sustentável das regiões impactadas.

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