Ramuth declarou que a inauguração do primeiro trecho da linha, que ligará a zona norte da capital ao centro, está marcada para outubro de 2026. Neste mês, serão abertas nove estações entre Brasilândia e Perdizes. Já as seis estações restantes, que conectarão Perdizes a São Joaquim na região central, têm previsão de abertura para outubro de 2027.
Esses prazos foram estabelecidos desde o início do ano e foram mantidos, apesar das adversidades no projeto. A gestão atual, liderada por Tarcísio de Freitas (Republicanos), havia cogitado entregar a linha completa em 2025, mas devido aos novos obstáculos geológicos, a entrega foi dividida em duas fases, adiando a conclusão para 2026 e 2027.
Um relatório divulgado pela Linha Uni em março revelou que os problemas geológicos podem ocasionar um atraso na obra de mais de três anos, totalizando 1.096 dias. Em virtude dessa possibilidade de atraso, a concessionária solicitou uma compensação financeira de R$ 230 milhões, que está sendo avaliada pelo governo estadual. O custo total da construção da linha é de R$ 18,5 bilhões.
Durante a coletiva, Ramuth destacou os desafios enfrentados ao longo do projeto, como a descoberta de um sítio arqueológico com vestígios de um antigo quilombo próximo à estação 14-bis, bem como as falhas geológicas detectadas nas escavações.
Por fim, o vice-governador reforçou o compromisso de sua equipe em Brasília de trabalhar em conjunto com o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) para manter a celeridade nas obras. Enquanto Tarcísio de Freitas está em viagem aos Estados Unidos para apresentar a privatização da Sabesp, Ramuth visitou as obras do futuro pátio de trens Morro Grande, onde presenciou a conexão de dois túneis, um marco importante no avanço da construção da linha 6-laranja do metrô de São Paulo.
