A biodiversidade da floresta de Los Cedros é impressionante, com mais de 400 espécies de aves e uma vegetação exuberante que sustenta uma ampla variedade de seres vivos. Mesmo diante do desmatamento em áreas vizinhas, a vida continua a prosperar em Los Cedros, graças a um movimento jurídico global que reconhece os direitos da natureza. O Equador foi o primeiro país do mundo a estabelecer, em sua Constituição, que a natureza possui os mesmos direitos das pessoas.
A luta de DeCoux pelos direitos da natureza ganhou notoriedade em 2021, quando ele venceu uma batalha judicial contra uma mineradora que ameaçava explorar a região. O Tribunal Constitucional do Equador reconheceu que permitir a mineração em Los Cedros violaria os direitos constitucionais da natureza, marcando um marco na proteção ambiental.
No entanto, mesmo com essa vitória, Los Cedros permanece vulnerável a atividades extrativistas ilegais e pressões externas. O governo equatoriano, apesar da decisão judicial, transferiu a responsabilidade pela proteção da floresta para entidades com recursos limitados, expondo-a a novos riscos.
A trajetória de DeCoux e a luta pelos direitos da natureza em Los Cedros servem como um exemplo inspirador para o mundo. O movimento global pelos direitos da natureza está ganhando força, com iniciativas em diversos países, incluindo o Brasil e o Peru. A visão de DeCoux de um mundo onde a natureza é tratada como sujeito de direitos, e não simplesmente como recurso, é um chamado urgente para repensarmos nossa relação com o planeta.
Em Los Cedros, o legado de DeCoux continua vivo, em cada flor, árvore e animal que habita a floresta. A sua batalha foi uma conquista não só para a região, mas para toda a causa ambiental global. É um lembrete de que, juntos, podemos proteger e preservar a natureza para as gerações futuras.
