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Mato Grosso do Sul decreta situação de emergência devido a incêndios florestais, com prejuízo de R$17 bilhões para agropecuária pantaneira

O governo de Mato Grosso do Sul tomou uma decisão crucial diante da grave situação de incêndios florestais que assola o estado. O decreto de situação de emergência, publicado nesta segunda-feira (24), estabelece um prazo de 1280 dias para que os órgãos estaduais atuem de forma coordenada pela Defesa Civil do Estado, visando a resposta ao desastre, a reabilitação do cenário e a reconstrução das áreas afetadas.

Desde o início do ano, Mato Grosso do Sul enfrenta uma prolongada seca, que resultou em um aumento exponencial dos focos de calor. Dados do Monitor de Secas da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) alertaram para a intensificação das condições de seca no estado, agravando ainda mais a situação.

Além disso, o decreto autoriza a convocação de voluntários e campanhas de arrecadação de recursos para auxiliar nas ações de resposta ao desastre. As autoridades administrativas e os agentes de defesa civil também estão autorizados a entrar em casas em situações de risco iminente e utilizar propriedades particulares para garantir a segurança pública, com posterior indenização aos proprietários caso necessário.

O Pantanal, maior área úmida contínua do planeta, tem sido uma das regiões mais afetadas pelos incêndios. Nos últimos 12 meses, foram registradas mais de 9.000 ocorrências de focos de fogo, um aumento significativo em relação ao ano anterior. A situação crítica de escassez de recursos hídricos levou a declaração de estado de emergência pela ANA, com vigência até outubro de 2024.

Uma pesquisa do MapBiomas revelou que o Pantanal é o bioma mais impactado por queimadas nos últimos 39 anos, com danos ambientais e econômicos expressivos. O prejuízo estimado para a agropecuária pantaneira ultrapassa os R$ 17 bilhões, demonstrando a gravidade da situação.

Diante desse cenário preocupante, o governo de Mato Grosso do Sul busca agir de forma rápida e eficaz para enfrentar os desafios que os incêndios florestais impõem ao estado. A união de esforços e o apoio da população são fundamentais para superar essa crise e iniciar a recuperação das áreas atingidas pelos incêndios.

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