A Lei 14.900, publicada no Diário Oficial da União, acrescentou a quadrilha ao texto de uma lei sancionada em 2023 que já reconhecia os festejos juninos. Além dos pratos típicos e da fogueira, as apresentações das danças tradicionais fazem parte das festividades, impulsionando o turismo e a economia neste período do ano.
Segundo dados do Ministério do Turismo, mais de 21,6 milhões de pessoas devem participar das festas populares em todo o país, sendo a maioria delas atraída para o Nordeste, onde a tradição junina é especialmente marcante. Cidades como Caruaru, em Pernambuco, esperam receber mais de 4 milhões de visitantes em 72 dias de festa, movimentando cerca de R$ 700 milhões na economia local.
Em Campina Grande, na Paraíba, mais de 3 milhões de pessoas são aguardadas em 33 dias de festa, que incluem a maior competição de quadrilhas do país. Os estados do Ceará e da Bahia também se destacam como destinos populares para os festejos juninos, com públicos esperados de 2 milhões e 1,5 milhão respectivamente.
No Sudeste, Minas Gerais deve registrar um aumento de 20% no número de participantes nas celebrações populares em diversos municípios, atraindo um público estimado em 3 milhões de pessoas ao longo de dois meses. Em São Paulo, 500 mil pessoas são esperadas para as festas juninas em 300 municípios.
Na Região Norte, Boa Vista, em Roraima, espera mobilizar 370 mil pessoas e movimentar R$20 milhões, enquanto em Palmas, no Tocantins, 60 mil pessoas devem celebrar os santos em cinco dias de festa do tradicional Arraiá da Capital.
A quadrilha, com origens nos bailes da nobreza francesa, ganhou elementos culturais brasileiros ao longo dos anos, como as vestimentas caipiras. Em algumas regiões do Brasil, como no Maranhão, a dança se mistura com elementos do folclore, como o Bumba Meu Boi.
Assim, a quadrilha se mantém como uma tradição viva e enraizada no Brasil, representando um importante aspecto da cultura nacional e movimentando milhões de pessoas em todo o país durante os festejos juninos.
