A tragédia ocorreu na cidade de Tyler, no Texas, quando Edwards, de 21 anos, foi encontrada morta em seu quarto por sua colega de dormitório. As investigações apontaram para Cook, que vivia no mesmo complexo de apartamentos da vítima e cujas impressões digitais foram encontradas na porta do quarto de Edwards. No entanto, análises posteriores e depoimentos de especialistas desmentiram a alegação de que as impressões digitais eram “frescas”.
O caso passou por três julgamentos e vários recursos, chegando até mesmo à Suprema Corte dos Estados Unidos. Após uma série de reviravoltas, o Tribunal de Apelações Criminais do Texas reverteu a condenação de Cook em 1996, apontando má conduta da polícia e dos promotores. Testes de DNA nas roupas íntimas de Edwards também não corresponderam às evidências de Cook.
Uma das reviravoltas cruciais no caso foi o depoimento de Edward Scott Jackson, um presidiário que testemunhou no primeiro julgamento de Cook afirmando que o mesmo havia confessado o crime. No entanto, Jackson mais tarde admitiu que havia mentido em troca de uma pena reduzida. A decisão do Tribunal de Apelações Criminais do Texas ressaltou as alegações de má conduta do Estado e a retenção de provas favoráveis a Cook.
O juiz Bert Richardson, em sua decisão, destacou a importância de anular a condenação de Cook devido às diversas irregularidades no caso. A CNN entrou em contato com o gabinete do promotor distrital do condado de Smith para comentar o caso, mas até o momento não obteve resposta. A conclusão do longo processo judicial trouxe alívio a Kerry Max Cook após décadas de luta por justiça.