A greve, organizada pela Associação Nacional dos Servidores da Carreira de Especialista em Meio Ambiente (Ascema Nacional), deve se estender para mais 17 estados a partir de julho, englobando um total de 21 estados e o Distrito Federal. Entre os órgãos afetados estão o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), o Serviço Florestal Brasileiro e o Ministério do Meio Ambiente.
As negociações com o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) têm se arrastado por meses sem avanços significativos. A proposta apresentada pelo MGI foi rejeitada pelos servidores, pois não contemplava as principais reivindicações da categoria. O presidente da Ascema, Cleberson Zavaski, destacou a falta de interesse do governo em realizar uma reestruturação na carreira de especialista em meio ambiente e no Plano Especial de Cargos do MMA e do Ibama.
Uma das principais demandas dos servidores é a equiparação salarial com outras carreiras de nível superior. A proposta do governo de uma tabela com 20 padrões foi aceita, mas ainda há discordâncias em relação à remuneração em comparação com a Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico.
Os servidores já haviam suspendido atividades de fiscalização e licenciamento desde janeiro, e agora a greve nacional ampliará essa paralisação para todas as áreas, incluindo os serviços administrativos. A Agência Brasil aguarda um retorno do MMA e do MGI para obter mais informações sobre as negociações em andamento.