Dólar opera em queda acompanhando desvalorização no exterior e alta do petróleo, movimento de realização de lucros persiste. Mercado avalia projeções para inflação.

O dólar abriu a semana em queda, acompanhando a desvalorização da divisa americana no exterior. O movimento de realização de lucros no câmbio, iniciado na semana passada, continua mesmo com a valorização dos rendimentos dos Treasuries e a queda do minério de ferro na China. A falta de indicadores econômicos relevantes no cenário internacional nesta segunda-feira direciona as atenções para os discursos dos dirigentes do Fed e BCE.

No mercado local, o Balanço Focus e a nota do setor externo divulgados mais cedo também estão sendo observados. Após a manutenção da taxa Selic em 10,50% na última semana, o mercado revisou suas projeções para o IPCA, elevando a estimativa de inflação para este ano. De acordo com o Relatório Focus divulgado nesta segunda-feira, a expectativa para o IPCA de 2024 subiu de 3,96% para 3,98%. Para 2025, a projeção também aumentou, passando de 3,80% para 3,85%.

Além disso, o Brasil registrou um déficit de US$ 3,4 bilhões na conta corrente em maio, o maior registrado para o mês desde 2022. As estimativas do mercado variavam de um déficit de US$ 5,70 bilhões a um superávit de US$ 800 milhões. A FGV informou que o Índice de Confiança do Consumidor cresceu em junho, alcançando 91,1 pontos na série com ajuste sazonal.

No mercado cambial, após atingir R$ 5,46 na última quinta-feira, o dólar opera em queda nesta segunda-feira, cotado a R$ 5,4217 às 9h40. O fluxo cambial total no Brasil está positivo em US$ 4,878 bilhões em junho até o dia 20, resultado de um fluxo comercial positivo de US$ 5,396 bilhões e um fluxo financeiro negativo de US$ 518 milhões.

A semana promete ser agitada, com a divulgação da ata da última reunião do Copom, o IPCA-15 de junho e o Relatório Trimestral de Inflação. No cenário internacional, destaque para o índice de preços de gastos com consumo (PCE) de maio nos EUA, métrica de inflação preferida do Federal Reserve, na sexta-feira. O mercado segue atento a esses eventos e às movimentações do mercado financeiro.

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