A votação contou com 98 votos a favor, 6 votos contra o fim do movimento e 6 abstenções. Agora, os sindicalistas devem assinar um acordo com o governo para oficializar o término da paralisação.
Enquanto menos de 10 Institutos Federais estavam em greve, cerca de 60 universidades federais ainda permanecem sem aulas. Os docentes dessas instituições ainda não decidiram sobre a continuidade da greve, uma deliberação que pode ocorrer ainda neste domingo.
A greve dos professores das universidades e institutos federais teve início em 15 de abril, com reivindicações por reajuste salarial e recomposição do orçamento dos centros de ensino.
Os servidores, representados pelo Andes e pelo Sinasefe, buscavam aumentos escalonados de 3,69% em agosto deste ano, 9% em janeiro de 2025 e 5,16% em maio 2026. O governo de Brasília ofereceu 9% em janeiro de 2025 e 3,5% em maio de 2026.
Apesar de um acordo ter sido assinado com o Proifes em maio, a Justiça Federal anulou o acordo após ação movida pela Associação dos Docentes da Universidade Federal de Sergipe. O juiz argumentou que um acordo com apenas uma entidade poderia prejudicar os direitos de outros docentes não representados.
Em resposta, o governo lançou um PAC para as universidades federais e hospitais universitários no valor de R$ 5,5 bilhões, previstos no orçamento deste ano. Além disso, o ministro da Educação, Camilo Santana, anunciou um acréscimo de R$ 400 milhões para o custeio das instituições federais, divididos entre universidades e institutos.
Com o fim da greve nos institutos federais, a atenção agora se volta para as universidades, onde a possibilidade de continuidade do movimento ainda é incerta.