Repórter São Paulo – SP – Brasil

Garçonete no West Village: a trajetória de uma aspirante a roteirista em Nova York.

Em 1999, uma jovem sonhadora servia mesas em Nova York. Seu nome não importa, mas o que ela queria definitivamente importava: ser roteirista. Mesmo trabalhando como garçonete para se sustentar, seu objetivo era claro. Seu destino estava entrelaçado com a magia do cinema, e ela ansiava por entrar nesse universo de criação e imaginação.

Com 23 anos, ela enfrentava desafios linguísticos, tornando difícil competir com nativos na arte de escrever diálogos. Mas seu espírito determinado a impulsionava a buscar oportunidades como roteirista ou assistente na indústria cinematográfica. Enquanto isso, sua vida se resumia a entregar cardápios, anotar pedidos e servir pratos no The Coffee Shop, um restaurante frequentado por artistas, jornalistas e figuras da mídia.

Entre seus clientes estava Nelson Motta, que parecia não se importar com a falta de jeito da garçonete. Em uma conversa, ela compartilhou sua angústia de estar distante de seu objetivo, presa em um emprego que a afastava de seus sonhos. Nelson, com sua risada jovial, a aconselhou a relaxar, lembrando que a vida era longa e cheia de surpresas.

Eventualmente, a jovem conseguiu um emprego como redatora em uma agência próxima à Sexta Avenida, onde aprendeu valiosas lições escrevendo roteiros de propaganda em inglês. De volta ao Brasil, sua jornada a levou a se tornar redatora e roteirista de televisão, realizando seu sonho de trabalhar na indústria do entretenimento.

Ela olha para trás e percebe que sua experiência como garçonete no West Village não foi em vão. Inspirada por sua vida no restaurante dos pais e suas aventuras em Nova York, ela criou o protagonista de seu primeiro romance, uma garçonete ladra. Esse livro a levou a grandes editoras, prêmios e a perspectiva de se tornar roteirista de cinema.

A história dessa jovem garçonete mostra que cada experiência, por mais trivial que pareça, pode moldar nosso caminho de maneiras inesperadas. O conselho de Nelson para relaxar e aproveitar a jornada revelou-se fundamental, mostrando que errar, mesmo servindo pratos ou pedidos atrasados, é parte essencial do processo de crescimento e realização pessoal.

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