Repórter São Paulo – SP – Brasil

Campus da UFVJM em Unaí completa dez anos com obras inacabadas e falta de estrutura para pleno funcionamento.

O campus de Unaí da UFVJM (Universidade Federal do Vale do Jequitinhonha e Mucuri), em Minas Gerais, completou uma década de existência no último dia 20. Durante esse período, a unidade formou cerca de mil profissionais em cinco cursos de graduação, mesmo enfrentando desafios decorrentes da falta de infraestrutura prometida em sua criação.

Assim como o campus de Unaí, diversas universidades federais em todo o país estão lidando com obras paradas, projetos abandonados e atrasos devido à redução de orçamento nos últimos anos. A situação das universidades federais se agravou com o subfinanciamento e a falta de investimentos na área da educação superior.

O presidente Lula, eleito com a promessa de retomar investimentos no ensino superior, anunciou um PAC de R$ 5,5 bilhões para parte das obras inacabadas, além de uma expansão da rede federal. Este anúncio foi feito em meio a uma greve de professores e servidores, visando minimizar o movimento reivindicatório.

Apesar do anúncio do pacote de investimentos, muitas obras já estavam previstas desde o ano anterior. Os reitores das universidades afirmam que os valores liberados ainda são insuficientes para retomar os projetos e atender às demandas de investimentos necessários.

O campus de Unaí, que tinha previsão de três prédios em sua construção, até o momento só conseguiu concluir um deles. A falta de recursos também afetou a urbanização do campus, impossibilitando a oferta total de vagas planejadas para a unidade.

Além disso, outras universidades federais, como a Unifesp, UFU, UFG, Ufcat, UFRJ e UnB, também enfrentam problemas estruturais e financeiros que comprometem o pleno funcionamento e o desenvolvimento de novos projetos. A crise na educação superior é evidente, com déficits orçamentários, falta de infraestrutura e atrasos em obras essenciais para o ensino e a pesquisa.

Diante dessa realidade, reitores e especialistas defendem a criação de uma lei que estabeleça um valor fixo anual destinado às universidades federais, garantindo segurança e previsibilidade orçamentária. Enquanto isso, as instituições continuam enfrentando desafios para atender às demandas acadêmicas e estruturais, mesmo diante de cortes e restrições orçamentárias.

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