Segundo o presidente, em apenas um ano e sete meses de governo, ele já convocou duas reuniões com todos os reitores do Brasil, das universidades e institutos federais, mostrando uma postura mais aberta ao diálogo. Lula também mencionou um acidente de trabalho que sofreu em 1964, no qual perdeu o dedo mindinho, para destacar a importância de uma relação democrática com os reitores.
Essas declarações de Lula durante eventos de anúncio de investimentos no Nordeste são uma forma de enviar recados aos grevistas, inclusive no Ceará, onde o presidente enfatizou que seu governo está há pouco tempo no poder e que é necessário um entendimento por parte dos professores.
A greve dos professores das universidades federais teve início em abril, com reivindicações salariais e orçamentárias. Enquanto os servidores pedem aumentos escalonados até 2026, o governo propôs reajuste em diferentes etapas, o que tem gerado descontentamento.
Em resposta às cobranças, o governo lançou um Programa de Aceleração do Crescimento para as universidades federais, com previsão de investimentos significativos. Além disso, o ministro da Educação anunciou um acréscimo de recursos para o custeio das instituições federais.
O orçamento das instituições de ensino em 2024 superou o valor de 2023, mas parte desses recursos já estavam previstos no orçamento anterior e foram antecipados. A situação das greves e das negociações entre governo e servidores das universidades federais continua sendo acompanhada de perto.
