Faturamento de genéricos nas grandes redes de farmácias cresce 15,8% no primeiro quadrimestre de 2023, revela Abrafarma.

As grandes redes de farmácia do Brasil estão comemorando um aumento significativo no faturamento com a venda de genéricos. Segundo a Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma), as vendas desses medicamentos tiveram um aumento de 15,8% entre janeiro e abril deste ano, em comparação com o mesmo período de 2023.

Esse crescimento surpreendente superou o reajuste máximo de 5,6% que os medicamentos tiveram no ano passado, demonstrando uma maior concentração nas vendas em grandes redes. De acordo com a Associação Brasileira das Indústrias de Medicamentos Genéricos (PróGenéricos), o aumento nas unidades vendidas em todo o país no ano de 2023 foi de apenas 5%.

O presidente da Abrafarma, Sergio Mena Barreto, explicou que a oferta de medicamentos pela indústria está limitada atualmente. Por isso, as redes de farmácias de maior porte fecham acordos comerciais com antecedência para garantir o abastecimento, sendo que cerca de 70% dos pedidos encomendados de fato chegam aos pontos de venda. No caso dos genéricos, que possuem mais variedade de laboratórios, os acordos comerciais podem ser mais vantajosos para as farmácias, principalmente para produtos destinados a doenças crônicas como hipertensão.

No entanto, a escassez que atinge redes menores não tem solução de curto prazo. A falta de produção interna de princípios ativos reduz a oferta para o país, e a saturação de marcas de genéricos em determinados segmentos também é um desafio. Apesar do aumento na demanda por medicamentos em geral, as redes independentes enfrentam problemas de falta de produtos e fechamento de farmácias.

A venda de genéricos no setor farmacêutico é mais representativa devido ao preço final ao consumidor. Entre janeiro e abril, a receita com a comercialização desses medicamentos totalizou R$ 3,88 bilhões. Os genéricos superaram as cifras de R$ 10 bilhões em 2023 e tiveram um crescimento de 15,6% em relação a 2022.

Diante desse cenário, as grandes redes de farmácia dominam o mercado e capturam mais vendas devido à variedade e disponibilidade de produtos, enquanto as redes independentes sofrem com a falta de abastecimento e produtos. A indústria farmacêutica precisa encontrar soluções para atender à crescente demanda e garantir o acesso a medicamentos de qualidade para toda a população.

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