Paley, que possui vasta experiência na área e já ocupou cargos importantes relacionados ao Oriente Médio, teve reuniões construtivas com autoridades brasileiras para abordar preocupações relacionadas às atividades do Irã na região e a aplicação de sanções. O objetivo principal desses encontros era a cooperação contra o terrorismo e a não-proliferação.
A visita do representante do governo Biden ao Brasil foi vista pelo Irã como um exemplo da política de “pressão máxima” exercida por Washington. Segundo autoridades iranianas, essa atitude tem como objetivo constranger a cooperação bilateral e o comércio entre Brasil e Irã, com questionamentos sobre possíveis reduções nas exportações brasileiras para o país do Oriente Médio.
No entanto, é importante destacar que no governo Lula houve sinais de reaproximação com o Irã, incluindo diálogos presidenciais e votações favoráveis em fóruns internacionais. A relação entre os países ainda sofreu pressões externas, como o caso dos navios de guerra iranianos que ancoraram no Brasil no ano passado, apesar das tentativas dos EUA de impedir essa passagem.
Apesar das restrições e das pressões externas, o comércio entre Brasil e Irã continua crescendo, alcançando números significativos nos últimos anos. Produtos como milho, soja, carne bovina e açúcar são os principais itens dessa troca comercial, que apesar de enfrentar obstáculos, tem mantido um saldo positivo para o Brasil.
Em meio a essas tensões e desafios, o Irã enfrenta dificuldades para manter sua frota aérea e realizar compras milionárias, como os aviões da Embraer. Além disso, a recente tragédia envolvendo a queda de um helicóptero que resultou na morte de autoridades importantes do país, trouxe ainda mais desafios para a nação do Oriente Médio.
Com eleições convocadas para a próxima sexta-feira, o Irã enfrenta um cenário de incertezas e desafios em meio a pressões internas e externas, sendo o Brasil um importante ator nesse contexto diplomático e econômico.
