A pesquisa, realizada pela primeira vez em 2012, revelou que em 2023 houve uma queda de 7,8% em comparação com o ano anterior, resultando em 713 mil filiados a menos. Essa diminuição afetou todos os segmentos ocupacionais, tanto públicos quanto privados.
Em 2012, 14,4 milhões de trabalhadores estavam sindicalizados, representando 16,1% do total de pessoas ocupadas. Já em 2023, apenas 8,4% dos trabalhadores mantiveram a filiação sindical, evidenciando uma queda considerável ao longo da última década.
Desde 2012, a sindicalização apresentou declínio em todos os anos, exceto em 2013 e 2015. A implementação da reforma trabalhista por meio da Lei Federal 13.467/2017 é apontada como um fator que pode ter influenciado a queda no número de associados, devido à contribuição sindical facultativa e contratos mais flexíveis.
Além disso, o aumento da informalidade e a presença de contratos temporários em atividades como administração pública e serviços sociais foram evidenciados. Setores como transporte e indústria geral registraram as maiores quedas na taxa de sindicalização, apontando a mudança no mercado de trabalho como um fator relevante.
Na análise por gênero e região, as mulheres exibiram maiores taxas de sindicalização em algumas regiões, como no Nordeste e Sul do país. No entanto, essas regiões também apresentaram os maiores recuos na sindicalização em comparação com 2022.
Diante desse cenário, é evidente a transformação no panorama sindical do Brasil, refletindo mudanças significativas nas relações trabalhistas e no mercado de trabalho como um todo.