Para Girão, o STF estaria indo contra a vontade do povo brasileiro ao insistir nesse julgamento e desconsiderar a posição da Procuradoria-Geral da República (PGR), que recomendou o arquivamento do recurso. O senador enfatizou que a questão da política de drogas no Brasil é de competência do Congresso Nacional e não do Judiciário.
Durante seu discurso, o parlamentar levantou questões sobre possíveis interesses por trás da descriminalização das drogas, mencionando a atuação da empresa canadense Canopy Growth, maior produtora mundial de maconha e seus derivados, que investiu R$ 60 milhões no Brasil e estaria pressionando pela aprovação do PL 399/2015, que autoriza o plantio e produção de maconha para fins medicinais.
Girão também ressaltou os avanços feitos pelo Congresso Nacional na questão das drogas, citando a aprovação da PEC 45/2023, que considera crime a posse ou porte de qualquer quantidade de droga. O senador fez um apelo ao presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, para que coloque a PEC antidrogas em votação o mais rápido possível, destacando a importância do tema para a sociedade brasileira.
O posicionamento de Girão reflete a preocupação de diversos setores da sociedade em relação à possível descriminalização do porte de drogas para consumo próprio e o papel do STF nesse processo. A discussão sobre a política de drogas no Brasil continua sendo um tema sensível e de grande relevância para o cenário político nacional.