Prioridade aos mísseis antiaéreos para Ucrânia: EUA adiam envio de armas para outros países em meio a ataques russos

O governo dos Estados Unidos, sob a liderança do presidente Joe Biden, tomou uma decisão crucial nesta quinta-feira, 20, ao anunciar que priorizará as entregas de mísseis antiaéreos à Ucrânia. Essa medida vem em resposta a uma intensificação dos ataques aéreos russos contra instalações energéticas no país ucraniano, em uma campanha de bombardeios considerada como “massiva” pelas autoridades americanas.

O porta-voz da Casa Branca, John F. Kirby, justificou a mudança de estratégia como sendo uma ação necessária diante dos avanços das forças russas no conflito. Segundo Kirby, a Ucrânia possui uma necessidade crítica de mísseis interceptadores Patriot, em um momento em que a Rússia intensificou seus ataques contra áreas urbanas e infraestruturas civis no território ucraniano.

Como consequência desse redirecionamento de recursos, os Estados Unidos informaram que haverá atrasos nas entregas de armas para outros países que estavam programadas. No entanto, Kirby enfatizou que tais atrasos não afetarão os envios deste tipo de armamento para Taiwan ou Israel, países que também contam com o suporte militar dos EUA.

O sistema de defesa aérea Patriot, utilizado pelo Pentágono para proteção das forças terrestres contra ameaças aéreas, tem sido essencial para a Ucrânia no enfrentamento do conflito com a Rússia. Os Estados Unidos enviaram pela primeira vez um sistema Patriot para o país em dezembro de 2022, como parte do apoio internacional à defesa ucraniana.

Kirby também aproveitou para enviar uma mensagem direta à Rússia, reiterando que não haverá impunidade para os agressores. Ele ressaltou a importância de manter o apoio à Ucrânia e reforçou a determinação dos Estados Unidos e seus aliados em resistir às agressões russas.

Por fim, o porta-voz informou que os aliados foram comunicados sobre os atrasos nas entregas de armas e que a medida foi amplamente compreendida. A decisão dos EUA em priorizar o envio de mísseis antiaéreos à Ucrânia representa um novo capítulo na complexa dinâmica do conflito no leste europeu.

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