Repórter São Paulo – SP – Brasil

Ministério da Saúde incorpora rivastigmina ao SUS para tratamento de Parkinson e demência, beneficiando pacientes sem opções terapêuticas no sistema.

O Ministério da Saúde anunciou nesta sexta-feira (21) uma importante novidade para o tratamento de pacientes com doença de Parkinson e demência. A incorporação da rivastigmina no Sistema Único de Saúde (SUS) foi publicada em portaria e representa um avanço significativo na saúde pública do país.

Com a recomendação favorável da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec), o medicamento mostrou eficácia no controle dos sintomas cognitivos da doença. A demência, que afeta cerca de 30% dos diagnosticados com Parkinson, traz consigo sintomas como lentidão cognitiva, déficits de atenção e memória, além de alucinações, delírios e apatia.

O Secretário de Ciência, Tecnologia, Inovação e Complexo da Saúde do Ministério da Saúde, Carlos Gadelha, ressaltou a importância da nova medida, destacando a necessidade dos pacientes e seus familiares contarem com tratamentos acessíveis que proporcionem melhor qualidade de vida. O envelhecimento da população brasileira é uma realidade e medidas como essa são essenciais para garantir cuidados adequados.

O Parkinson é a segunda doença neurodegenerativa mais comum no mundo, ficando atrás apenas da doença de Alzheimer. Com entre 100 a 200 casos para cada 100 mil indivíduos com mais de 40 anos, a quantidade de casos de Parkinson aumenta consideravelmente após os 60 anos. Por isso, a incorporação da rivastigmina no SUS é um passo importante na ampliação do acesso a tratamentos eficazes.

Além da rivastigmina, o SUS já oferece outros tratamentos como medicamentos, fisioterapia e até implantes de eletrodos para estimulação cerebral. O objetivo principal do tratamento da doença de Parkinson é frear a progressão da condição e aliviar os sintomas, proporcionando mais qualidade de vida aos pacientes.

Com essa nova portaria, o Ministério da Saúde reforça o compromisso com a saúde pública e a melhoria do atendimento aos pacientes com doença de Parkinson e demência, garantindo cada vez mais recursos e opções terapêuticas no SUS.

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