A decisão de cancelar o leilão foi tomada no início deste mês, com o governo justificando a necessidade de garantir a solidez das empresas envolvidas na operação. O leilão envolvia a compra de 300 mil toneladas de arroz beneficiado, mas a revelação de que as empresas vencedoras não tinham expertise no ramo gerou questionamentos sobre sua capacidade técnica e financeira.
A repercussão do caso levou à saída do secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Neri Geller, que foi implicado em vínculos com os envolvidos no leilão. Em meio a esses desdobramentos, o governo se reuniu com representantes do setor na quarta-feira, 19, para discutir a realização de um novo leilão público para importação de arroz.
Além disso, o presidente Lula anunciou a intenção do governo de financiar regiões produtivas de arroz em outros Estados do Brasil, visando diversificar a produção e evitar a dependência de uma única área. Ele enfatizou a importância de oferecer garantias de preço aos produtores para que não tenham prejuízos.
Para isso, está prevista uma nova reunião entre governo e produtores de arroz após o lançamento do Plano Safra 2024/25, provavelmente marcado para a próxima quinta-feira, 27. Lula assegurou que o governo irá incentivar a produção de arroz em diferentes regiões do país, garantindo o abastecimento e evitando crises no setor alimentar.