O índice pan-europeu Stoxx600 fechou o dia com queda de 0,69%, atingindo 515,34 pontos. Os mercados acionários europeus intensificaram as perdas após os dados decepcionantes dos PMIs. O PMI composto da zona do euro caiu para 50,8 em junho, contrariando as expectativas de alta, com desempenho fraco tanto na indústria quanto nos serviços. Na Alemanha, os PMIs também recuaram de forma inesperada.
A incerteza em relação ao crescimento econômico ficou evidente, levando os analistas a acreditarem que o corte agressivo feito pelo Banco Central Europeu (BCE) foi motivado por preocupações com a desaceleração. Apesar dos dados fracos dos PMIs, o mercado estima uma probabilidade de apenas 70% de um novo corte de juros em setembro, contra 80% no início da semana.
Na Bolsa de Frankfurt, o DAX fechou em baixa de 0,38%, a 18.185,23 pontos. Em Paris, o CAC 40 teve queda de 0,56%, a 7.628,57 pontos. Já em Londres, o FTSE 100 caiu 0,42%, atingindo 8.237,72 pontos. Na Bolsa de Lisboa, o PSI 20 recuou 1,21%, a 6.570,47 pontos.
No cenário corporativo, a ação da Carlsberg despencou 9,32% em Copenhague, após uma tentativa frustrada de comprar a fabricante britânica de refrigerantes Britvic, cujas ações subiram 7,78% em Londres. Além disso, o Banco Santander está em negociações avançadas com a Amazon para estabelecer uma parceria de financiamento ao consumidor em toda a Europa, o que poderia representar uma nova estratégia para o setor.
Em resumo, a sexta-feira foi marcada por quedas nas bolsas europeias, reflexo dos indicadores econômicos desanimadores e da cautela dos investidores diante do cenário de incerteza. Nos próximos meses, a expectativa está centrada em possíveis ações do BCE e nas eleições que se aproximam em alguns países europeus.
