Mais de 9 milhões de empresas ativas em 2022 ocuparam 63 milhões de pessoas, revela IBGE em nova pesquisa.

Um levantamento divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelou que em 2022 o Brasil contava com um total de 9,4 milhões de empresas e organizações formais ativas. Essas empresas empregaram cerca de 63 milhões de pessoas até o dia 31 de dezembro, sendo que 80% desse contingente era composto por pessoal ocupado assalariado, totalizando 50,2 milhões de trabalhadores, enquanto os 20% restantes atuavam como sócios e proprietários, somando 12,5 milhões de pessoas.

Os salários e outras remunerações pagos por essas empresas alcançaram o montante de R$ 2,3 trilhões. O salário médio mensal dos trabalhadores ficou em torno de R$ 3.542,19, equivalente a aproximadamente 2,9 salários mínimos. É importante ressaltar que esses dados fazem parte das Estatísticas do Cadastro Central de Empresas (CEMPRE) de 2022.

O setor de comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas se destacou, ocupando a primeira posição em número de empresas (29,1%), pessoal ocupado total (21,0%), e pessoal ocupado assalariado (19,0%). Já a seção de indústrias de transformação ficou em segundo lugar em pessoal ocupado total (14,0%), salários e outras remunerações (16,4%) e pessoal assalariado (15,8%). Enquanto a administração pública, defesa e seguridade social ocupou a primeira posição em salários e outras remunerações (23,3%).

Em relação à distribuição de gênero, 54,7% do pessoal ocupado assalariado era formado por homens e 45,3% por mulheres. Os homens receberam em média um salário mensal de R$ 3.791,58, enquanto as mulheres receberam em média R$ 3.241,18, evidenciando uma disparidade salarial de 17% entre os gêneros.

Além disso, a pesquisa apontou que 76,6% dos trabalhadores assalariados não possuíam formação superior, recebendo em média R$ 2.441,16, enquanto os 23,4% restantes, com ensino superior, obtiveram ganhos médios de R$ 7.094,17. Setores como educação e atividades financeiras se destacaram por possuir maior participação de pessoas com nível superior.

É importante ressaltar que devido a mudanças metodológicas, os resultados de 2022 não são comparáveis com anos anteriores, impactando na série histórica iniciada em 2007 e encerrada em 2021. Esses dados refletem a complexidade e a diversidade do mercado de trabalho brasileiro, evidenciando desafios e oportunidades para diversos setores da economia.

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