Repórter São Paulo – SP – Brasil

Especialistas alertam para a necessidade de educação midiática diante do avanço da inteligência artificial no Brasil e no mundo

Os debates acerca do relatório apresentado pelo senador Eduardo Gomes (PL-TO) sobre o marco regulatório da inteligência artificial têm colocado em destaque a necessidade de preparar a sociedade para lidar de forma segura e responsável com as tecnologias existentes e futuras. A discussão levanta a importância do desenvolvimento de habilidades e competências para o uso adequado dessas ferramentas, que já estão presentes em diversas atividades do cotidiano, muitas vezes de forma imperceptível.

Esse esforço de preparação envolve diversos atores da sociedade, com destaque para a educação, especialmente a educação midiática e informacional. É fundamental que as escolas promovam debates sobre o tema em sala de aula, incentivando a formação de um pensamento crítico e a resiliência diante dos desafios impostos pela inteligência artificial e pelos algoritmos. O objetivo é capacitar os usuários, desde crianças até adultos e idosos, para que se tornem autônomos em relação às novas tecnologias.

O letramento digital é essencial, mas é necessário ir além, estimulando o desenvolvimento do pensamento crítico, da criatividade, da ética e da capacidade de reflexão sobre a responsabilidade de cada indivíduo no uso dessas tecnologias. O Guia para Uso da IA na Educação, lançado pela Unesco, apresenta diretrizes importantes para a introdução da inteligência artificial nas escolas, destacando a importância do letramento midiático e informacional na navegação segura em um ambiente digital complexo.

A Estratégia Brasileira de Educação Midiática, lançada recentemente, reforça a necessidade de explorar de forma crítica os conhecimentos e habilidades relacionados à tecnologia, compreendendo seus impactos na sociedade. Durante o seminário IA em Educação e Cultura, especialistas alertaram sobre a importância da preparação da sociedade para um futuro cada vez mais tecnológico, enfatizando a necessidade de programas de educação midiática para o desenvolvimento do pensamento crítico dos indivíduos.

O papa Francisco também demonstrou preocupação com os efeitos da inteligência artificial, evidenciando a importância de lidar de forma responsável com essa tecnologia para evitar injustiças sociais. Educar para o uso da IA se mostra como uma urgência, destacando a relevância de iniciativas educativas que preparem a sociedade para a correta utilização dessas tecnologias. Em um consenso geral, a mensagem é clara: regular é necessário, mas educar é urgente.

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