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STF julga ações da reforma da Previdência com impacto de R$ 497,9 bi; maior risco fiscal da União no Judiciário

O Supremo Tribunal Federal (STF) está prestes a decidir sobre um conjunto de ações que questionam aspectos da reforma da Previdência, em vigor desde 2019. Dentre os pontos em análise estão a alíquota progressiva para servidores públicos, os novos critérios para o cálculo da pensão por morte e a contribuição de inativos e pensionistas.

O impacto financeiro dessas ações para os cofres públicos é de grande importância, com um valor estimado em R$ 497,9 bilhões, conforme o Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) para 2025. Esse é considerado o maior risco fiscal da União no Judiciário, e evidencia a relevância das decisões que serão tomadas pelo STF.

O pacote de ações em questão engloba um total de 15 processos, sendo que 13 deles estão na pauta de julgamento desta quarta-feira. As outras duas ações, que tratam da revogação da isenção a servidores com doença incapacitante e da exigência de idade mínima para aposentadoria especial, não foram incluídas nessa lista. A Advocacia-Geral da União (AGU) não forneceu informações sobre o impacto individual de cada ação.

Em 2022, o relator das ações, ministro Luís Roberto Barroso, votou pela rejeição de todas elas e pela declaração de que a reforma da Previdência é constitucional. Ele ressaltou a importância da “autocontenção judicial” em relação às normas aprovadas pelo Congresso e reconheceu o déficit no setor como incontestável.

No seu voto, Barroso concordou parcialmente com um dos pedidos, condicionando o aumento da base de cálculo da contribuição previdenciária de inativos e pensionistas à comprovação do persistente déficit previdenciário mesmo após a implementação da progressividade de alíquotas. O ministro Edson Fachin discordou em dois pontos, destacando a cobrança extraordinária aos servidores e a regra de cálculo diferenciada para mulheres em regimes previdenciários distintos.

Em resumo, o julgamento dessas ações pelo STF é aguardado com grande expectativa, uma vez que as decisões tomadas terão um impacto significativo nas finanças públicas e no sistema previdenciário do país. É fundamental acompanhar de perto o desfecho desses processos e as possíveis mudanças que poderão ser implementadas a partir dessas decisões judiciais.

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