Senado aprova novas regras para o ensino médio em todo o país, com mudanças na carga horária e inclusão do espanhol como disciplina obrigatória.

O Senado Federal aprovou, nesta quarta-feira (19), o projeto que estabelece novas diretrizes para o ensino médio em todo o Brasil. A proposta foi aprovada em votação simbólica, logo após ter sido aprovada na Comissão de Educação. Agora, o projeto segue para a Câmara dos Deputados para análise final.

Uma das principais mudanças propostas pelos senadores é a definição de que 80% das 3.000 horas totais do ensino médio serão destinadas a uma grade curricular comum a todos os alunos, incluindo disciplinas tradicionais como matemática e português. Atualmente, com a reforma aprovada em 2017, eram destinadas 1.800 horas para disciplinas obrigatórias e 1.200 para itinerários formativos escolhidos pelos alunos.

Para os estudantes que optarem pelo ensino profissionalizante, a carga horária comum será reduzida para 2.200 horas, com 800 horas para aulas específicas dos cursos técnicos. Essa alteração feita pelos senadores difere da proposta original da Câmara dos Deputados, que previa 2.400 horas para a grade comum.

A relatora no Senado, professora Dorinha, promoveu mudanças significativas no texto original, incluindo a reintrodução do espanhol como disciplina obrigatória e a restrição à contratação de professores para cursos técnicos apenas com notório saber, sem formação específica.

Outro ponto de discordância com a Câmara é em relação à obrigatoriedade do espanhol, com o Senado permitindo a substituição das línguas estrangeiras obrigatórias em determinadas situações, como em regiões de fronteira com países que falem outro idioma.

Além disso, a proposta aprovada no Senado estabelece uma transição para que, a partir de 2029, todos os alunos tenham 2.400 horas de grade comum curricular, inclusive os que optarem pelo curso técnico. Essas alterações visam corrigir problemas identificados na reforma de 2017, como a falta de preparo dos estudantes para o Enem e vestibulares, além da falta de satisfação com os itinerários formativos.

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo