Os dados mais recentes, divulgados nesta quarta-feira (19), mostram um aumento significativo em relação à divulgação anterior, realizada no dia 23 de maio. O número de pedidos cresceu 108% e os valores tiveram um aumento de 132%, evidenciando a gravidade da situação enfrentada pelos gaúchos.
O setor residencial e habitacional é o que mais tem registrado pedidos de indenizações, somando 22,6 mil solicitações. Já em termos de valores, o setor de grandes riscos, que engloba a cobertura empresarial, lidera com R$ 1,32 bilhão, seguido pelo setor de automóveis, com R$ 1,27 bilhão. O setor agrícola também foi impactado, com 2,2 mil pedidos e um montante de R$ 181,6 milhões.
O presidente da CNSeg, Dyogo Oliveira, destacou que a situação ainda não está estabilizada no Rio Grande do Sul e que é esperado um aumento nos pedidos de indenizações nas próximas semanas. Oliveira ressaltou que as empresas seguradoras estão facilitando o atendimento e agilizando os pagamentos, porém, em casos que envolvem avaliações mais complexas, como seguros empresariais que requerem vistorias em áreas alagadas, o processo pode demandar mais tempo.
Apesar do alto número de pedidos de pagamento, a CNSeg assegura que as empresas do setor estão preparadas para lidar com os valores solicitados. Oliveira enfatizou que as seguradoras brasileiras possuem capacidade financeira para cobrir tais montantes, contando com reservas técnicas obrigatórias, ativos financeiros e todo o sistema de resseguro nacional e internacional.
Ainda que as consequências das enchentes sejam devastadoras, a atuação rápida e eficaz das seguradoras pode contribuir para a recuperação dos segurados e para a reconstrução das áreas afetadas. A previsão é que os números de pedidos de indenizações continuem a crescer nas próximas semanas, refletindo a magnitude dos estragos causados pelas enchentes no Rio Grande do Sul.
